O assassinato de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, deixou revoltados os cidadãos e as entidades da sociedade civil, nesta sexta-feira (20). As manifestações de repúdio tomaram as redes sociais, e acabaram endossadas também por diversas instituições envolvidas com a garantia dos direitos da população.
A sucursal gaúcha da Ordem dos Advogados do Brasil, por exemplo, garante que acompanha de perto as investigações do caso. Em nota assinada pelo presidente Ricardo Breier, a OAB/RS afirma que “todos os desdobramentos do episódio são acompanhados pelas comissões de Direitos Humanos e Igualdade Racial”.
A entidade declarou, também, que confia na condução da apuração, por parte da Polícia Civil. “Nossa missão institucional é assegurar a transparência das investigações e acompanhar todas as circunstâncias com a devida responsabilização dos envolvidos”, finalizou a OAB.
“As imagens de extrema violência falam por si”
Também por meio de comunicado à imprensa, a Defensoria Pública do Rio Grande do Sul prestou condolências à família da vítima. O órgão deu destaque ao fato do assassinato ter acontecido às vésperas do Dia da Consciência Negra. “Embora o caso ainda esteja sob investigação, as imagens de extrema violência falam por si”, declarou.
Já o Ministério Público estadual se prontificou a levar o caso à Justiça, para a responsabilização dos agressores. “Todas as medidas necessárias para o esclarecimento das circunstâncias serão tomadas. O MP acompanhará com atenção a investigação dos fatos relacionados à morte de João Alberto Silveira Freitas”, pontou.
“Agressões se banalizam quando a vítima possui a pele negra”
A Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (AJURIS) lembrou do movimento Vidas Negras Importam, reforçando que a morte denota a mais repugnante face do preconceito. “O corpo contido de João Alberto não resistiu às agressões, que se banalizam quando a vítima possui a pele negra”, ponderou a entidade.
“Basta ver as estatísticas, a comprovar a dizimação de parcela de nossa juventude, tudo por conta do preconceito e discriminação que permeiam, ainda que finjamos não enxergar, as nossas relações sociais”, finalizou a AJURIS.