Justiça determina data para depoimento de acusada de matar o filho em Planalto

Ré deve ser interrogada no presídio em que está recolhida desde maio

Foto: Acervo Pessoal/Reprodução

A Justiça definiu a data para o depoimento de Alexandra Dougokenski, acusada de matar o filho de 11 anos, na cidade de Planalto, no Norte gaúcho. A ré deve ser interrogada em 18 de dezembro, a partir das 13h15min.

Rafael desapareceu em 15 de maio e teve o corpo encontrado dez dias depois. A mãe, de 33 anos, confessou o crime e é a principal suspeita.

Na mesma decisão, a juíza da Vara Judicial da Comarca de Planalto, Marilene Parizotto Campagna, decretou segredo de justiça do conteúdo da interceptação telefônica e das quebras de sigilo telefônico, bancário e fiscal incluídas no processo. Marilene não aceitou o pedido da defesa de quebra de sigilo fiscal e bancário do pai do menino, Rodrigo Winques. Segundo a juíza, já compõem os autos informações relativas aos telefones que eram usados por ele. O extrato dos dados do celular de Rodrigo mostra os locais em que esteve, conversas mantidas por mensagens de texto, pesquisas realizadas e localizações.

O pai da vítima presta depoimento de forma presencial, na Comarca de Planalto, em 9 de dezembro. Rodrigo só vai poder acompanhar as demais audiências de forma remota, através de plataforma digital.

Já a mãe do menino vai ser ouvida na Penitenciária Municipal de Guaíba, na região Metropolitana de Porto Alegre, onde segue recolhida desde 25 de maio.

Ficaram determinadas as seguintes datas de oitivas, sempre às 13h15min: 
09/12 – Rodrigo Winques, pai de Rafael, na Comarca de Planalto
10/12 – Delair de Souza, namorado de Alexandra na época do fato; Ana Maristela Stamm, professora de Rafael; Carlos Eduardo da Silva, vizinho de Alexandra na época do fato; Jaqueline Luíza Mesnerovicz, mãe do melhor amigo de Rafael; e Jackson Getúlio Consoli, inspetor de polícia.
11/12 – delegado Eibert Moreira Neto; delegado Ercílio Raulileu Carletti; e perita do IGP Caroline Hercolani Alegretti.
14/12 – médico legista Roberto Pontes dos Santos; perita do IGP Bábara Zaffari Cavedon; testemunha de defesa Roberta Brambila; Alberto Moacir Cagol, irmão de Alexandra; Ladjane Ravagio, professora de Rafael; Denise Bielski Vojniek, conselheira tutelar; Isailde Batista, mãe de Alexandra; e A. V. D., irmão de Rafael.
17/12 – Rosemar Winques Ostroski, irmã de Rodrigo Winques; Gilmar Antonio Atzler, proprietário do imóvel em que Rodrigo reside; Marizete Lisboa Miranda da Silva, amiga de Rodrigo Winques; Rodrigo Oliveira Dias, amigo de Rodrigo Winques; Claudiomiro Miranda da Silva, esposo de Marizete; Antônio Gabriel da Silva, testemunha de defesa.
18/12 – Alexandra Dougokenski, ré.

Sobre o caso

Quando prestou depoimento, no início da investigação, Alexandra disse que deu dois comprimidos de Diazepan ao menino, em meio a uma suposta crise nervosa da criança, mas que não pretendia matar. Ela disse ainda que Rafael parou de respirar e, por isso, decidiu esconder o corpo, encontrado na casa ao lado da residência da família, dentro de uma caixa, com as mãos e pés amarrados e uma corda em volta do pescoço. O menino também teve o rosto coberto por uma sacola de pano.