Ministério da Saúde reconhece “indícios” de invasão hacker

Secretário-executivo alegou que pasta não informou do ataque para "preservar provas e garantir a segurança" de informações

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O Ministério da Saúde reconheceu, nesta sexta-feira, indícios de que sistemas da Pasta tenham sofrido um ataque cibernético. “Após o início das investigações sobre o vírus que afetou nossa rede de tecnologia, na semana passada, há indício de que a pasta também foi alvo de tentativa de ataques cibernéticos, embora não haja laudo conclusivo”, disse o secretário-executivo da pasta, Elcio Franco, em pronunciamento à TV Brasil.

Franco disse que o ministério não havia informado ainda sobre o possível ataque para “preservar provas e garantir a segurança de dados”. “Desde o início da ocorrência todas as medidas necessárias para preservar a integridade de sistemas, servidores e dados do Ministério da Saúde foram tomadas. Não houve comprometimento, sequestro ou vazamento de informações.”

De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, a Saúde desativou parte da rede e restringiu o acesso de servidores a e-mails, entre outros serviços, na última quinta-feira, quando identificou um “vírus”. Desde então há limitações em serviços da Saúde. A pasta, no entanto, dizia não ter indícios de ataque cibernético. Pelo menos o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o governo do Distrito Federal foram alvos de hackers, na última semana.

Segundo o secretário, há ainda instabilidade em parte da rede da pasta, mas os serviços devem ser normalizados a partir da próxima segunda-feira. Ele afirmou que o ministério manteve a atualização de dados de casos e óbitos da Covid-19, mesmo com dificuldades. “Seguimos enviando à imprensa os dados diários da Covid-19, com observações relativas às últimas atualizações possíveis de serem feitas. Por esse motivo, também não foi divulgado o boletim epidemiológico semanal”, afirmou Franco.