Caso Marielle: pescador confirma ao MP do Rio de Janeiro descarte de armas ao mar

Investigações sugerem que, para destruir provas, suspeito ligado a Ronnie Lessa, acusado de executar o crime, alugou embarcação

Foto: Renan Olaz / CMRJ / CP Memória

Um pescador confirmou, em depoimento, ter sido contratado por um suspeito ligado ao policial reformado Ronnie Lessa, apontado como o executor dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes, para descartar peças e armas ao mar. Durante as investigações, o homem revelou que “Djaca”, que está preso, alugou a embarcação para o serviço. O pescador disse ter recebido R$ 300 para levar “Djaca” com “fuzis e pequenas caixas”, em uma mala, até a região das Ilhas Tijucas.

Foram realizadas buscas no local com o auxílio de mergulhadores do Corpo de Bombeiros e da Marinha, sem que nada tenha sido encontrado até hoje. Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), o pescador e outras testemunhas foram ouvidos no processo que tramita na 19ª Vara Criminal do Rio e denunciou cinco pessoas pelo crime de obstrução da Justiça.

Os investigados foram presos na operação Submersus em 2019. Além de “Djaca”, um empresário, a esposa e o cunhado de Ronnie Lessa foram acusados ter ocultado armas, entre elas a submetralhadora HK MP5 usada nos crimes. A mulher de Ronnie Lessa é apontada pela polícia como a mentora da ação para destruir as provas.