Site de sistema eletrônico do Tribunal de Justiça sofre ataque hacker no RS

Segundo nota oficial da instituição, o não houve dano ou prejuízo aos sistemas do Tribunal de Justiça

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) confirmou que o site do sistema de processamento eletrônico (E-proc) sofreu um ataque hacker, nesta quarta-feira. Segundo nota oficial da Direção de Tecnologia da Informação e Comunicação do TJ, o “hosite informativo do E-proc foi adulterado por hackers”, mas após a estabilização do sistema, não houve registro de dano ou perda de informações. A Corte também garante que o ataque não atingiu processos ou outros bancos de dados do Judiciário estadual.

Depois de corrigir o problema, o Tribunal reforçou a proteção ao sistema. Outras medidas foram adotadas para rastrear a autoria do ato.

O e-Proc, desenvolvido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), é adotado pelo TJ-RS desde novembro de 2017. O objetivo é, além da eliminação de papel, agilizar os trâmites dos processos e a integração entre os órgãos.

Na semana passada, os sistemas do Superior Tribunal de Justiça (STJ) também foram alvo de uma invasão hacker, fato que causou a interrupção de julgamentos que ocorriam simultaneamente, por videoconferência, nas seis turmas do STJ. Os prazos processuais foram suspensos e as demandas urgentes, centralizadas na presidência da Corte.

O presidente do STJ, ministro Humberto Martins, acionou a Polícia Federal, que abriu inquérito para investigar a extensão do ataque e conta com ajuda do Comando de Defesa Cibernética do Exército. Informações preliminares indicaram que o ataque partiu de uma empresa particular estrangeira e havia sido programado três meses atrás.

Outros sistemas oficiais também foram atingidos na semana passada: os do Ministério da Saúde, da Secretaria de Economia do Distrito Federal e do governo do Distrito Federal. Até agora, não há confirmação de relação desses ataques com o do STJ.

A situação despertou preocupação do ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que, para buscar soluções para proteger a Justiça de novos ataques, anunciou a criação de um comitê na corte administrativa.

O presidente Jair Bolsonaro disse que a PF já identificou o responsável pelo ataque ao sistema do STJ. Uma semana depois, a informação ainda não é confirmada.