Biden defende democracia e contagem de todos os votos

Em tom conciliador, candidato à presidência dos EUA pede calma à população ao citar lentidão na apuração em alguns estados

Foto: Reprodução/Redes sociais de Joe Biden

Joe Biden, candidato à presidência dos Estados Unidos, fez um discurso na madrugada deste sábado (7) em tom conciliador para defender a democracia e a contagem de todos os votos. A mensagem foi transmitida do comitê de campanha democrata na cidade de Wilmington, no estado de Delaware.

Sem citar o adversário Donald Trump, o ex-vice-presidente dos EUA ressaltou o recorde histórico do número de votos da corrida eleitoral de 2020 e pediu calma aos eleitores ao citar a lentidão das contagens em alguns estados, como a Pensilvânia.

Biden festejou a crescente diferença de votos sobre o presidente Donald Trump, sobretudo a virada ocorrida na Pensilvânia, estado que pode selar a vitória do ex-vice-presidente na corrida eleitoral.

“Fica cada vez mais clara a nossa vitória e a mudança escolhida pelo povo norte-americano frente às conduções da pandemia de coronavírus, da crise econômica pela qual o país atravessa e da política ambiental”, disse o democrata.

Pandemia nos Estados Unidos
O crescimento rápido do número de novos casos de covid-19 e de mortes causadas pela doença foram destacadas por Biden em seu discurso. Os EUA somam mais de 240 mil óbitos e contabilizaram 121 mil notificações de infectados apenas nas últimas 24 horas, recorde mundial de infecções diárias.

“Sinto como se tivesse perdido alguém querido. Nossos corações estão com vocês”, lamentou Biden ao falar com as famílias afetadas pelo coronavírus. Ele ressaltou o aumento rápido do número de vítimas fatais registradas no país. “Não podemos perder mais pessoas, outras mortes não podem ser toleradas”, disse.

Biden também reforçou promessas de campanha. “Já no primeiro dia de mandato iremos cuidar dos Estados Unidos em meio à atual crise econômica e à pandemia de coronavírus”, afirmou o candidato democrata.

Joe Biden adotou tom apaziguador ao final de seu discurso ao citar polêmicas e polarização ao longo do processo eleitoral. “É importante ressaltar que somos oponentes e não inimigos. Vamos pôr o ódio e a demonização mutua para trás e olhar para frente, para o futuro do país. Esse é o trabalho do presidente e é o dever do presidente”, enfatizou ele.

Por fim, o democrata se despediu e ressaltou a mensagem de otimismo: “Não há nada que não possamos fazer.”