Candidato a vice-prefeito de Porto Alegre, em chapa com Fernanda Melchionna (PSol), Márcio Chagas disse que, se eleito, vai atuar lado a lado da prefeita, em um governo sem diferenciações, com diálogo e transparência. “Estamos sempre juntos nas agendas, para não causar um distanciamento e para as pessoas nos enxergarem como um partido coletivo”, afirmou.
Entrevistado do programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba, nesta sexta-feira, o candidato ainda afirmou que essa união é importante para que não haja protagonismo de ninguém além do bem comum da população. Formado em educação física, Márcio Chagas atuou durante anos como árbitro de partidas de futebol. Segundo ele, foi por meio do esporte, onde presenciou e sofreu ataques racistas, que cresceu o interesse de entrar na luta antirracista. Para Chagas, eleger uma mulher prefeita e um vice-prefeito negro é uma forma de quebrar as estruturas conservadoras vigentes.
O ex-árbitro também alertou para a falta de investimento nas periferias da cidade. “Me coloco à disposição para fazer essa luta junto com a Fernanda. Para que não tenhamos mais duas Porto Alegres”, destacou. Citou que uma cidade é a da periferia, em que o desenvolvimento é comparado a países como a Bolívia e o Iraque. Outra Porto Alegre é a dos bairros nobres, similar a países como a Suíça e a Suécia.
O candidato ainda citou a proposta de diminuição dos salários de prefeito, vice e secretários para o mesmo que o de professores, e a de promover um auxílio emergencial municipal, a partir da cobrança de empresas que devem ao município. Também disse que o governo deve estar ao lado do funcionalismo municipal.
