Os agentes da Polícia Federal percorreram as ruas de Porto Alegre, na manhã desta quinta-feira (29), para o cumprimento de um mandado de busca relacionado a uma força-tarefa deflagrada em São Paulo. As fases 11 e 12 da Operação Descarte, chamadas de Silício e Macchiato, também tiveram desdobramentos em outras sete cidades.
Ao todo, 29 ordens judiciais foram expedidas nos municípios de São Paulo/SP, Santana de Parnaíba/SP, Vargem Grande Paulista/SP, Jaguariúna/SP, Belo Horizonte/MG, Nova Lima/MG, Machado/MG, Rio de Janeiro/RJ e Porto Alegre. Os agentes investigam crimes praticados por duas quadrilhas, que tem integrantes em comum.
A primeira delas, alvo da Operação Silício, estaria envolvida na prática de crimes de sonegação fiscal, corrupção ativa e passiva, lavagem de capitais, fraude em licitação e evasão de divisas. A organização atuou entre 2011 e 2016 por meio de um escritório de advocacia que facilitava as práticas criminosas.
Conforme a investigação, a empresa elaborou e executou um projeto para um cliente, do ramo de tecnologia, na intenção de reduzir tributos e enviar dinheiro para fora do país. Alguns servidores do Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (CEITEC), que tinha vínculo com a companhia, são suspeitos de receber propina.
Já a Operação Macchiato apura a prática de diversos crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, especialmente gestão fraudulenta e desvio de valores de instituição financeira, entre os anos de 2014 e 2016. Segundo a PF, cerca de R$ 100 mil foram sequestrados e dois diretores da empresa acabaram afastados.
