Covid-19: apesar da alta de casos, número de óbitos continua em queda

Boletim atualizou hoje os números da pandemia

Foto: Alina Souza / CP

O número de casos de Covid-19 por semana voltou a subir, após uma queda expressiva, no país. Já as mortes em função da pandemia do novo coronavírus seguem caindo. As informações aparecem no novo Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado hoje na reunião da Comissão Intergestores Tripartite do Sistema Único de Saúde (SUS).

A SE 43 considera o período entre 18 e 24 de outubro. O termo semana epidemiológica é empregado para analisar a evolução de uma determinada pandemia. No período, foram registrados 156.273 novos casos, 10% a mais do que na SE anterior, quando foram notificados 14.1725.

Entre a SE 42 e a 41, a queda havia sido de 19,4%. A retomada do crescimento ocorreu em todas as regiões. Os maiores índices de crescimento se deram no Norte (35%), Sul (21%), Centro-Oeste (11%), Sudeste (4%) e Nordeste (2%).

O total de óbitos registrados pelas autoridades de saúde na semana epidemiológica 43 ficou em 3.228, 7% a menos do que na semana anterior, quando as mortes contabilizadas somaram 3.447.

A diminuição, contudo, representa uma desaceleração em relação à SE 42, quando a redução havia sido de 17,5% em relação à anterior. Na distribuição por regiões, o Sudeste teve a maior queda (-29%), seguido no Centro-Oeste (-15%). Mas houve crescimento no Norte (14%) e Sul (9%).

O secretário de Vigilância em Saúde do MS, Arnaldo de Medeiros, falou sobre a retomada do crescimento de casos e afirmou que, apesar dos dados desta semana, “quando olhamos nos 14 dias, o espaço que a gente entende sendo epidemiologicamente interessante para análise, o número de novos registros cai 9%. Quando olhamos novos registro de óbitos, Brasil vem em queda bastante consolidada há várias semanas”, avaliou.

Leitos estratégicos: secretários pedem manutenção
Na reunião da Comissão Intergestores Tripartite, o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Lula, manifestou preocupação dos responsáveis pelos órgãos estaduais com o risco de uma nova onda no Brasil e apontou a necessidade de garantir a permanência de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) abertos para atender pessoas durante a pandemia neste ano.

“A gente conseguiu incorporar muitos na rede, parte está sendo desabilitada mas parte precisa ser mantido como reserva estratégica e necessários à manutenção do sistema. A gente sabe que é impossível conseguir tudo, pois recursos são finitos, mas a manutenção deste leitos de UTI para o próximo ano é fundamental para o equilíbrio do SUS”, defendeu Lula.