Mais duas testemunhas de defesa foram ouvidas, hoje, pela comissão processante que analisa o pedido de impeachment do prefeito Nelson Marchezan Jr.., na Câmara de Vereadores de Porto Alegre. Gastos com publicidade, parte deles com verbas do Fundo Municipal de Saúde, embasaram a representação contra o prefeito. Os denunciantes entendem ter havido uso abusivo da verba em meio à pandemia de coronavírus.
Primeiro dos depoentes dessa quinta, o secretário municipal da Saúde, Pablo Stürmer, disse que havia recursos previstos para gastos com publicidade, e que o intuito era fazer a população se prevenir. De acordo com ele, os gastos foram aprovados pelo Conselho Nacional de Saúde é do gestor a responsabilidade de aplicar, especificar e prestar conta disso.
Stürmer ressaltou que autorizou a validação do material, já que acompanhou todo o processo. “Eu e meu secretário-adjunto Natan aprovamos também, como médicos que somos, conhecendo de perto a causa.”
O secretário argumentou ainda que a publicidade pública é fundamental para a conscientização da população e usou como exemplo o “tabagismo, que a publicidade reduziu em 40% o índice de mortes no país”. Stürmer salientou que na capital a SMS realizou campanhas relacionadas ao HIV, leishmaniose e sempre costuma fazer essas ações com publicidade.
O segundo depoente do dia respondeu questões sobre gastos relacionados à divulgação turística de Porto Alegre. O deputado federal Samuel Moreira (PSDB-SP) avaliou que a estratégia gera segurança nos investidores em potencial. O parlamentar disse que é de interesse dos estados, dos municípios e da União desenvolver potenciais através da atração de negócios, por meio da publicidade institucional, “mas sempre com autorização legislativa”. “Muitos estados e municípios fazem isso, divulgando seu potencial para atrair investimentos”, completou.
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