Bolsonaro afirma que não vai comprar vacina chinesa

Afirmação vem menos de um dia após o anúncio de que o Ministério da Saúde fechou acordo para comprar 46 milhões de doses da Coronavac

Foto: Alan Santos/PR

Após o anúncio de que o Ministério da Saúde compraria 46 milhões de doses da Coronavac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, o presidente Jair Bolsonaro disse na manhã desta quarta-feira (21) que a vacina não será comprada.

A afirmação foi feita em resposta a um comentário de um seguidor feita nas redes sociais de Bolsonaro. Na postagem, o seguidor do presidente pede para que ele não compre a vacina. “Quero ter um futuro, mas sem interferência da ditadura chinesa”, disse o internauta.

Bolsonaro responde seguidor

 

A resposta de Bolsonaro, de que a vacina não será comprada, vem na contramão do anúncio feito nessa terça-feira (20), pelo Ministério da Saúde. As 46 milhões de doses da Coronavac serão compradas, segundo a Pasta, por meio de um acordo com o Governo de São Paulo, em que a vacina será produzida pelo Instituto Butantan, com aquisição das doses via SUS (Sistema Único de Saúde).

O acordo foi concretizado em reunião virtual entre o governador João Doria, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e outros 23 chefes de estados brasileiros.

A Coronavac, de acordo com o Instituto Butantã, mostra ser o imunizante com o menor índice de efeitos colaterais em desenvolvimento no mundo. Os dados consideram o acompanhamento de 9 mil voluntários brasileiros já vacinados no País.