Rede pública de Porto Alegre atende menos de 7% do número esperado de crianças em dia de retomada presencial

Professores decidiram se manter em estado de greve, em assembleia realizada pelo Simpa

Foto: Simpa / Divulgação

O primeiro dia de retomada das atividades presenciais na educação infantil, em Porto Alegre, atendeu 1788 crianças de zero a cinco anos – o que equivale a 6,6% do total de matriculadas na rede e aptas a retornarem a partir de hoje. Foram 159 instituições de ensino estatais e comunitárias que tiveram atendimento nesta segunda-feira. No total, 289 haviam sido autorizadas a retomar as atividades.

Das 43 escolas municipais de educação infantil, só uma voltou. O mesmo ocorreu entre as 39 escolas de ensino fundamental com turmas de educação infantil, com só uma delas operando. A Secretaria Municipal da Educação (Smed) registrou adesão bem maior ao retorno presencial entre as 207 escolinhas e creches comunitárias, conveniadas à Prefeitura. Dessas, 157 retomaram as atividades hoje.

Foram autorizadas a retornar, além da educação infantil, o terceiro ano do ensino médio, a educação de jovens e adultos (EJA) e o ensino profissionalizante das redes municipal e particular. As instituições de ensino devem seguir os protocolos sanitários previstos pelas autoridades de saúde.

O próximo passo para a retomada das atividades educacionais envolve a liberação, a partir de 13 de outubro, da alimentação e atividades de apoio para os demais níveis da educação básica. As aulas foram suspensas em todas as redes de ensino, em todos os níveis, em março, em razão da pandemia de coronavírus.

Trabalhadores mantêm estado de greve  

No início da noite desta segunda-feira, trabalhadores de educação da rede municipal de Porto Alegre decidiram pela manutenção do estado de greve contra a retomada do ensino presencial. A decisão ocorreu em assembleia online do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa).

Mais de 800 servidores participaram da assembleia. No encontro, ficou decidida a realização de mais uma assembleia, em 13 de outubro, data que pode ser antecipada conforme a conjuntura a ser avaliada pelo sindicato.

Na avaliação do Simpa, não há condições sanitárias adequadas à proteção da saúde de crianças, servidores e da comunidade escolar.