Pelo menos 172 casos de fraude no auxílio emergencial são investigados pela Polícia Federal no Rio Grande do Sul. O benefício, concedido pelo Governo Federal às famílias de baixa renda por causa da crise provocada pela pandemia de coronavírus, teria sido repassado, até mesmo, a agentes políticos gaúchos.
Empresários, advogados e servidores públicos de várias regiões do Estado também são suspeitos de envolvimento na prática. Até agora, foram instaurados 156 inquéritos policiais. Os investigados estão sendo convocados para depor, e há a previsão de novas ações nos casos em que não houve a devolução do benefício após a constatação da fraude.
Como a força-tarefa acontece em âmbito nacional, os cadastros sob suspeita são encaminhados para uma Base Nacional de Fraudes do Auxílio Emergencial (BNFAE), onde passam por análise. Só depois desse processo é que são cumpridas as medidas judiciais – como buscas e apreensões e, até mesmo, prisões.
Segundo a PF, os investigados podem responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático, furto mediante fraude, modificação ou alteração não-autorizada de sistema de informações, estelionato majorado e inserção de dados falsos em sistema de informações.