Futuro programa de transferência de renda do governo, o Renda Cidadã não pode ser financiado por um “puxadinho”, disse hoje o ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele reafirmou o compromisso com o teto de gastos e assegurou que o programa vai ser financiado com uma fonte de recursos permanente.
O ministro aproveitou a entrevista coletiva sobre a criação de empregos em agosto para falar sobre a proposta e disse ser necessário prestar um esclarecimento para “baixar o barulho”. Embora agentes do mercado financeiro tenham entendido que a proposta de usar até R$ 38 bilhões de recursos destinados aos precatórios para custear o Renda Cidadã configura uma fonte transitória de recursos, Guedes disse que os recursos serão obtidos não com o calote aos recebedores dos precatórios, mas por meio de um pente fino que vai reduzir os gastos com essa despesa.
“Os precatórios são uma despesa que apresenta crescimento explosivo. Aparentemente, há uma indústria de precatórios no Brasil”, disse Guedes. “Esse gasto está sendo examinado estritamente com foco no controle de despesas. Ninguém vai botar em risco a liquidação de dívidas. O governo vai pagar tudo. O que a gente está fazendo é analisar a despesa e passar uma lupa nas demais.”
Guedes negou que o futuro programa de transferência de renda fure o teto de gastos e disse ter apoio do presidente Jair Bolsonaro. “O Congresso continua promovendo reformas e o presidente Jair Bolsonaro está apoiando a política econômica”, declarou o ministro.