O Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) realiza hoje, às 17h, uma assembleia geral para debater a proposta de retomada das aulas presenciais na cidade. Às vésperas do encontro, a categoria alega que a Prefeitura não deixou claro quais as medidas que serão tomadas para evitar a circulação do novo coronavírus nas escolas.
Os diretores do Simpa estiveram reunidos, ontem, com o Ministério Público Estadual – que atua na mediação das conversas sobre o retorno, também, junto ao Poder Público municipal e estadual. De acordo com a entidade, não foram apresentadas garantias de que há recursos humanos e financeiros para o cumprimento do plano.
“Nós estamos na expectativa de que o governo municipal reconheça a fragilidade das informações que está repassando, sem nenhuma orientação oficial. Todas extraoficiais, sem a capacidade de execução imediata. Nenhuma das questões apontadas por nós foi respondida”, afirma a diretora de Comunicação do Sindicato, Cindi Regina Sandri.
Na semana passada, os municipários já decretaram estado de greve em protesto ao calendário de retomada das aulas presenciais. Mesmo assim, todos continuam trabalhando normalmente – algo que pode mudar dependendo do resultado das conversas marcadas para a tarde desta quarta-feira.
“O próprio Governo do Estado reconhece a inconsistência do plano, tanto que houve a necessidade de intervenção por parte do MP. A nossa posição continua contrária à retomada das atividades presenciais até que tenhamos condições sanitárias para tal”, pondera Sandri.
Prefeitura diz que entrou em acordo com Governo do Estado
Na última segunda-feira, a Prefeitura de Porto Alegre divulgou, depois da reunião com o Ministério Público, que o Governo do Estado concordou com o calendário proposto. Dessa forma, a volta às aulas na Capital foi mantida para o próximo dia 5 de outubro, com as turmas da Educação Infantil, Ensino Profissionalizante e 3º Ano do Ensino Médio.