A Metroplan pode adiar para novembro o reajuste do transporte de passageiros entre cidades das regiões metropolitanas e aglomerados urbanos do Rio Grande do Sul, em razão da crise gerada pela pandemia de coronavírus. A possibilidade é analisada pela entidade, mesmo que a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs) tenha indicado a entrada em vigor de novos valores a partir de 1º de outubro.
A fundação pediu uma manifestação da Procuradoria Geral do Estado (PGE), com a solicitação de postergar o reajuste por mais 30 dias nas regiões Metropolitana de Porto Alegre, da Serra gaúcha e das aglomerações do Sul e Litoral. “A iniciativa, em consentimento com os operadores do Sistema Metropolitano, se justifica pelo fato da lenta retomada da demanda, que chegou nesta semana ao patamar de 52% em relação ao período antes da pandemia, em que pese os sinais de recuperação econômica”, cita a nota. Metroplan também esclarece que o adiamento não vai ter reflexo de aumento posterior da tarifa.
No início do mês, o Conselho Superior da Agergs decidiu que, para a região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA), o reajuste deve ser de 2,6640%. O aumento previsto para junho, de 1,9980%, vem acrescido de 0,660 ponto percentual a título de defasagem temporal. A linha Gravataí-Porto Alegre (comum) passa, em tese, de R$ 8,55 para R$ 8,77. Já a de Alvorada–Porto Alegre sobe de R$ 5,95 para R$ 6,10.
Já as passagens do litoral Norte sobem mais. O reajuste vai ser de 7,2792%, somando o aumento previsto inicialmente, de 5,4594%, com a defasagem temporal de mais 1,8198 ponto percentual.
Para a região metropolitana da Serra, a Agergs aprovou reajuste de 4,1404%. O aumento estimado para junho, de 3,1053%, vem acrescido de 1,0351 ponto percentual.