A candidata do PCdoB à prefeitura de Porto Alegre, Manuela D’Ávila, defendeu nesta quarta-feira a criação de uma política de microcrédito para geração de trabalho e renda como tema central de governo para 2021. Em entrevista ao programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba, a ex-deputada também afirmou que, se eleita, vai administrar a cidade de forma colaborativa, ouvindo as demandas da população.
“O ciclo de abandono da cidade foi agravado pela pandemia”, afirmou a ex-deputada, ao adiantar que pretende ofertar R$ 200 milhões em empréstimos para microempreendedores, micro e pequenos empresários da cidade. Segundo ela, com o mesmo montante Santa Catarina conseguiu gerar 20 mil empregos. A candidata ainda defende que o percentual de compras públicas da prefeitura passe de 8% para 20%, estimulando, por exemplo, a agricultura local.
Outros três pontos principais compõem as propostas da chapa formada por Manuela e Miguel Rossetto (PT). Segundo a candidata, vai ser criado um programa de combate à fome no âmbito municipal e um contraturno escolar de até três horas como forma de recuperação do ano letivo e de combate ao trabalho infantil. Ainda entra como bandeira de campanha a negociação de uma vacina contra a Covid-19.
Representante da esquerda, campo ideológico que não perdeu espaço nos Executivos municipal e estadual nas últimas eleições, Manuela D’Ávila lidera pesquisas eleitorais, até o momento. Questionada sobre a polarização política no país, ela associou a candidatura à representação da democracia e do combate à desinformação e às fake news. “É possível construir uma outra forma de governar, que não essa que transforma o ódio e o individualismo na principal bandeira politica”, afirmou.
A candidata também defendeu o diálogo como forma de governo, ao afirmar que o atual prefeito, Nelson Marchezan Jr. (PSDB), é incapaz de dialogar com a comunidade e com a Câmara de Vereadores. Manuela disse que a experiência acumulada como parlamentar lhe dá essa capacidade de comunicação, tanto com o Legislativo quanto com a sociedade. “Faremos um governo de ampla participação popular e escuta”, prometeu.