O número exato de candidatos que vão disputar vagas de prefeito, vice-prefeito e vereador ainda precisa ser fechado pela Justiça Eleitoral, mas já é o a maior desde 2000, quando o país teve a primeira votação 100% eletrônica.
Até as 15h desta segunda-feira, o portal lançado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com essas informações, já incluía 545.036 solicitações. O recorde anterior havia sido batido em 2016, com 496.887 postulantes.
No último sábado, terminou o prazo para os partidos políticos e coligações solicitarem registros à Justiça Eleitoral. Somente os interessados em ocupar uma vaga de vereador eram 507.727. Para a disputa a prefeito e vice, em 5.570 cidades, mais 19,1 mil se inscreveram.
Coligações
O fim das coligações para as eleições a vereador, aprovado pelo Congresso Nacional em 2017, mas ser aplicado pela primeira vez agora, explica o aumento. Para aumentar as chances de voto e conseguir cadeiras nas Câmaras Municipais, as legendas lançaram mais candidatos que em anos anteriores. É que em uma eleição proporcional, como a de vereador, as vagas são do partido e não do candidato.
Na prática, ao votar para em um nome para esse cargo, o eleitor na verdade escolhe um integrante daquela legenda. O cálculo de quem vai ocupar a cadeira é feito em cima do quociente eleitoral. Com base nesse cálculo é que cada partido sabe quantos votos serão necessários para conquistar uma vaga.
Com o fim das coligações, aprovado em 2017 mas aplicado, pela primeira vez, só agora, um candidato que queira disputar como vereador depende, para se eleger, do total de votos que o partido dele tenha recebido. Até então, a legislação permitia considerar a soma de votos dados à coligação, formada por partidos diferentes.
Data
Por causa da pandemia do novo coronavírus, o calendário eleitoral mudou, por força de uma emenda constitucional aprovada pelo Congresso. O primeiro turno ocorre em 15 de novembro.
Nos municípios que levarem a disputa às prefeituras para o segundo turno, o pleito acontece em 29 de novembro. A data da posse dos eleitos continua a mesma, 1º de janeiro.