O Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) aprovou estado de greve, entre os educadores do serviço público municipal, em assembleia geral online realizada nesta sexta-feira. A categoria também marcou, para quarta que vem, mais uma assembleia em que pode discutir o início de uma paralisação.
As decisões, conforme a entidade, foram tomadas em resposta ao calendário de retorno às atividades presenciais em Porto Alegre, que entra em vigor na segunda-feira. O cronograma prevê o retorno completo da rede municipal até 3 de novembro, de forma gradativa. Mas conforme o Simpa, o prefeito Nelson Marchezan Jr. apresentou o planejamento “de forma irresponsável”.
O sindicato visa denunciar o risco que a comunidade escolar corre com o retorno às aulas em meio à pandemia de Covid-19. Segundo a entidade, falta um protocolo claro que estabeleça quais medidas sanitárias devem ser tomadas a fim de garantir a segurança de estudantes e professores.
A assembleia online desta sexta teve a presença de 752 participantes e a participação de parlamentares de oposição. Ao todo, 385 votaram pelo estado de greve. De acordo com a diretora do Simpa, Roselia Siviero, até as 17h desta sexta, 49 escolas da rede municipal confirmaram que não voltarão às atividades presenciais em 28 de setembro, como previsto.
A categoria também se propõe a dialogar, a partir de agora, com as comunidades escolares. O sindicato também deve pedir ao Ministério Público a testagem em massa para Covid a todos os alunos e trabalhadores da rede municipal.
De acordo com a Secretaria da Saúde de Porto Alegre, a capital já teve 32.138 casos de Covid-19, com 976 mortes.