A máscara contra a Covid-19, colocada no domingo passado no Monumento ao Laçador, ao lado da BR 116, em Porto Alegre, foi alvo de vandalismo. A “proteção facial”, medindo 38 cm de altura por 46 cm de comprimento, sendo feita de tecido cirúrgico, totalmente de algodão, de cor azulada, foi arrancada durante a madrugada desta terça-feira. Responsável pela intervenção artística devidamente autorizada pela Secretaria Municipal de Cultura, a costureira Samanta Almeida, 34 anos, lamentou o ataque à reportagem do Correio do Povo.
Segundo Samanta Almeida, o ato dividiu opiniões nas redes sociais. “Várias pessoas criticaram um monumento ao gaúcho ter máscara”, observou. No entanto, ela não sabe quem foi o responsável pelo ataque pois as manifestações contrárias vieram de vários segmentos. “A coisa está muito política. Tem um movimento contrário à máscara”, avaliou. “As pessoas estão morrendo. É tão simples o ato de botar uma máscara e sair para a rua”, alertou. Ela recordou que a Covid-19 está retornado com força, por exemplo, na Europa. “Não tem vacina ainda. Temos de se cuidar…”, advertiu.
A costureira conversou com o comandante da Guarda Municipal, Marcelo do Nascimento, sobre a situação depois que for colocada a segunda máscara que já estava pronta. “Eles vão intensificar a ronda na volta para que não tirem”, resumiu. A instalação na estátua está prevista para o início desta tarde com auxílio da própria Prefeitura de Porto Alegre. A permanência do item deve ser de 60 dias. A iniciativa surgiu quando Samanta Almeida foi desafiada no dia 7 deste mês pelo médico João Batista Pires a colocar o adereço no monumento.