TikTok move processo para tentar reverter proibição nos EUA

Downloads do aplicativo seriam barrados a partir deste domingo, mas o Departamento de Comércio afirma que estenderá prazo em uma semana

Ilustração / Pixabay

O  aplicativo de compartilhamento de vídeo TikTok pediu a um juiz dos Estados Unidos que impeça o governo Trump de proibir a rede de mídia social chinesa, segundo documentos judiciais protocolados em Washington. A TikTok e a sua empresa controladora, ByteDance, entraram com uma queixa em um tribunal federal de Washington contestando as recentes medidas proibitivas do governo Trump.

O Departamento de Comércio dos EUA anunciou, na sexta-feira, a proibição para pessoas no país baixarem os aplicativos de mensagens WeChat e TikTok a partir deste domingo. A proibição é introduzida por razões políticas, alegaram TikTok e ByteDance na reclamação. O TikTok também disse que a proibição viola os direitos da empresa. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que está envolvido numa disputa comercial de longa data com a China, emitiu uma ordem executiva em 6 de agosto proibindo transações nos EUA com os donos chineses dos aplicativos de mensagens WeChat e TikTok.

Neste sábado, no entanto, Trump, afirmou  que aprovaria a negociação proposta pela Oracle e, segundo ele, também pela gigante do varejo Walmart com a empresa chinesa ByteDance para criar uma operação interna do aplicativo TikTok, depois de ameaçar um banimento da rede social do território americano. Após a fala de Trump, segundo agências internacionais, o Departamento de Comércio confirmou em um comunicado que iria atrasar – em uma semana – as restrições que deveriam entrar em vigor neste domingo.

A ByteDance e a TikTok estão buscando um julgamento “declaratório” e uma ordem “invalidando e proibindo preliminarmente e permanentemente as proibições e a ordem de 6 de agosto”, de acordo com a reclamação. A TikTok, que tem mais de 100 milhões de usuários nos Estados Unidos, disse que a proibição “destruiria irreversivelmente os negócios da TikTok nos EUA”.