De acordo com o InfoGripe, boletim semanal divulgada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 97,5% das ocorrências de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) reportadas no país em 2020 e com exame positivo para alguma infecção viral se deram em decorrência da Covid-19. Os dados atualizados, divulgados hoje, também indicaram manutenção da tendência de queda no número de novos casos a cada semana.
A SRAG é uma complicação respiratória associada muitas vezes ao agravamento de alguma infecção viral. Entre outros sintomas, o paciente pode apresentar desconforto respiratório e queda no nível de saturação de oxigênio. As ocorrências de SRAG em 2020 aumentaram em decorrência da pandemia de covid-19, causada pelo novo coronavírus.
No ano passado, foram reportados 39,4 mil casos e, neste ano, até agora, 447.840. Desses, 54% tiveram resultado laboratorial indicando presença de algum vírus respiratório.
Entre as ocorrências com exame positivo para infecção viral, foram identificados quadros de SRAG associados não apenas ao novo coronavírus (97,5%), como também ao vírus influenza A (0,5%), ao vírus sincicial respiratório (0,4%) e ao vírus influenza b (0,2%). Quando analisados os casos que evoluíram à óbito, 99,3% decorrem do novo coronavírus. Até o momento, são 111.575 mortes por SRAG em 2020. Em 2019, foram 3.811.
Tendência de queda
A nova edição do Infogripe se baseia nos dados inseridos até a última terça-feira no Sivep-gripe, sistema de informação alimentado por estados e municípios e mantido pelo Ministério de Saúde. Embora indique uma tendência de queda no número de novos casos semanais, a Fiocruz adverte que as ocorrências de SRAG ainda se mantêm em um patamar muito alto.