O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira considerar “inadmissível” que se perca o ano letivo, e disse ter pedido ao ministro da Educação, Milton Ribeiro, que prepare orientações para o retorno das aulas no país.
Em transmissão por redes sociais, Bolsonaro criticou novamente o fato de os alunos ficarem em casa e defendeu reabertura dos estabelecimentos de ensino, apesar de especialistas alertarem para os riscos de aumento da disseminação da Covid-19 no ambiente escolar.
“Só está faltando nós”, disse ele, em linha com o que disse na véspera durante a solenidade de efetivação do ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello. Contudo, Bolsonaro ressalvou que a decisão de se reabrir estabelecimentos de ensino não é do governo federal, mas de prefeitos e governadores.
O presidente criticou sindicatos de professores no Brasil, a quem se referiu a “pessoas de esquerda”. Disse ainda que é interesse dessas entidades que os estudantes não aprendam ou se instruam, sem comprovar essas alegações.
A despeito da pressão, o governo federal passou praticamente ao largo, desde o início da pandemia, de um debate nacional sobre o retorno dos estabelecimentos de ensino.
Depoimento
Jair Bolsonaro também elogiou a decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspender a tramitação do inquérito que investiga acusação do ex-ministro Sergio Moro de que tentou interferir na Polícia Federal, e atacou novamente o ex-ministro.
Em transmissão pelas redes sociais, Bolsonaro disse que agora cabe ao plenário do Supremo decidir se o depoimento que ele próprio deve prestar vai ser presencial ou por escrito, e que cabe ao presidente do STF, Luiz Fux, pautar o caso para se chegar a uma decisão.
Segundo o presidente, não há nada que a defesa de Moro tenha a perguntar para ele. Disse ainda que espera “enterrar logo” o caso e acabar com o que chamou de farsa. “Ele está de brincadeira esse Sergio Moro, mas tudo bem”, criticou.