A Polícia Federal intimou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) a prestar depoimento – na condição de testemunhas – no âmbito do inquérito que investiga a organização e o financiamento de atos antidemocráticos, informou hoje o jornal O Estado de S.Paulo. O caso, que tramita sob sigilo no Supremo Tribunal Federal (STF), já fechou o cerco sobre deputados bolsonaristas, youtubers e influenciadores.
Em junho, o relator do inquérito, ministro Alexandre de Moraes, afirmou que as investigações da Procuradoria-Geral da República (PGR) apontaram a “real possibilidade” de atuação de uma associação criminosa voltada para a “desestabilização do regime democrático” com o objetivo de obter ganho econômico e político. A observação consta em decisão de quebra de sigilo decretada pelo ministro no inquérito que apura o financiamento dessas manifestações.
Os sigilos bancários de dez deputados e um senador, todos bolsonaristas, já foram quebrados no caso. Carlos e Eduardo não foram alvos dessas medidas.
Moraes é responsável por um outro inquérito, que se debruça sobre ameaças, ofensas e fake news disparadas contra integrantes do STF e familiares deles. Como Moraes é relator dos dois processos, um inquérito está subsidiando as investigações do outro.
A reportagem do Estadão procurou os gabinetes de Carlos e Eduardo Bolsonaro, mas não havia obtido resposta até o fim do dia.