Este meu Rio Grande do Sul é rico em cultura popular. Vamos conhecer algumas “simpatias”populares e bem interessantes.
-Quando a gente perde alguma coisa, a simpatia mais usada para encontrar objetos perdidos ainda hoje é acender uma vela para o Negrinho do Pastoreio.
-Para chover, que não é o nosso caso, já que a chuva aqui anda por demais, o assunto era matar um sapo e deixar de barriga para cima.
-No caso de uma visita daquelas que não se ajeita para ir embora, a solução é colocar uma vassoura atrás da porta, ou então, jogar um punhado de sal grosso na labareda do fogão.
-Para curar bronquite, uma das simpatias ainda é em uma sexta-feira santa fazer a criança mascar três pedacinhos de miolo de pão até ficar empapado de saliva e depois cuspir esse pão dentro de um cupinzeiro.
– Outra simpatia para curar bronquite era fazer a criança cuspir na boca de um lambari e depois largar o bichinho de volta para água.
-Era costume antigamente pendurar uma peça de roupa usada e virada pelo avesso na porta do quarto, quando a criança estivesse com o sono trocado.
-Esta aqui é bem interessante : quando uma criança demorava para aprender a falar, faziam um pintinho piar dentro da boca de uma criança.
-Pegar três punhadinhos de terra com a ponta dos dedos na boca da toca da coruja, e passar em cruz sobre as verrugas era considerado um santo remédio. Dizem que em dez dias não ficava uma !
– Para curar frieiras a simpatia era urinar sobre elas tês dias seguidos.
-Retirar um fiapo da roupa da criança, de preferência cor vermelha, molhar na própria saliva e colar na testa do “serzinho”, fazia com que parasse o soluço.
– Outra pra curar soluço era pronunciar três vezes seguida a frase:”Soluço vai, soluço vem, soluço vai para o “fulano” que não tem. Citando o nome da pessoa a quem quisesse “passar” o soluço.
– Quando uma criança demorava muito para caminhar a simpatia era cortar o medo, fazendo com que ela atravesse um cômodo da casa em xis, ou seja, de canto a canto, três dias seguidos.
-Até hoje esta aqui diz que funciona: Fazer uma cruz com carvão em cada ovo antes de colocar a galinha chocar, pois acredita-se que a cruz evita que o ovo “gore”. Alguns até colocam três pedacinhos de carvão no ninho.
-Bueno, esta aqui vem bem à preceito para estes últimos dias . Para espantar tormenta, usava-se e se usa tradicionalmente, benzer ou “cortar a tormenta” como dizem os mais antigos. Alguns usam fazer uma cruz com erva-mate, sal ou borra de café no canto da casa que ficava para o lado da armação. A crença é de que a ponta maior da cruz deve ser direcionada para o lado da armação para que os braços abertos protejam o rancho.
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