As escolas privadas gaúchas estão prontas para retomar as atividades presenciais. É o que aponta a pesquisa realizada pelo Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (SINEPE/RS) no início de setembro, junto às instituições de ensino associadas. O Plano de Contingência já foi entregue por 77% delas e 74,1% afirmam que os protocolos de retorno são praticáveis.
O retorno, com calendário estabelecido pelo Governo do Estado, depende agora da situação das bandeiras que regulam o distanciamento controlado em cada região e das prefeituras, que devem liberar o funcionamento das escolas nos municípios. Segundo o estudo, tão logo isso ocorra, 44,4% das escolas estarão com suas portas abertas e 34,1% avaliarão o melhor momento para voltar às atividades presenciais. Apenas 14,8% afirmaram que não devem retomar o modelo presencial e 6,7% das instituições não responderam.
A Educação Infantil foi um dos segmentos que mais sofreu com a indefinição do retorno e o consequente cancelamento das matrículas. Em maio, a taxa de cancelamento foi de 11,6%; em julho, 16%; e em agosto, 14,6%. Em relação a agosto do ano passado, 70,4% das instituições tiveram aumento nos índices de cancelamento, com percentual médio de 55,6%. Muitas delas, exclusivamente de Educação Infantil, não tiveram alternativa senão encerrar definitivamente as suas atividades.
Outro reflexo da pandemia para o setor foram as demissões. Em maio, 25% das escolas já haviam desligado pelo menos um funcionário. Em julho, o percentual de instituições que demitiram subiu para 33,7%, e em agosto para 52,6%. A demissão atingiu, em média, 12,5% dos funcionários e 5,2% dos professores.
A pesquisa foi realizada antes do Governo do Estado anunciar a volta às aulas, em 8 de setembro. Responderam 123 instituições de Educação Básica associadas; 68,1% delas oferecem Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio.