Lava Jato condena Cunha a 15 anos de prisão e confisca quatro carros do ex-deputado

É a segunda condenação do ex-presidente da Câmara

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O juiz federal Luiz Antonio Bonat, da 13ª Vara Federal de Curitiba, condenou nesta quarta o ex-deputado federal Eduardo Cunha a 15 anos, 11 meses e cinco dias de reclusão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O processo envolve a solicitação e o recebimento de propina no âmbito dos contratos de fornecimento dos navios-sonda Petrobras 10.000 e Vitoria 10.000. Essa é a segunda condenação do ex-presidente da Câmara decorrente da operação Lava Jato.

Bonat considerou haver provas suficientes de que o ex-deputado recebeu mais de R$ 1,5 milhão em vantagens indevidas decorrentes dos contratos de fornecimento das embarcações, “por meio de transferências internacionais em contas de offshores, com posterior repasse em espécie no Brasil, doações simuladas à igreja evangélica e afretamento de voos em companhia de táxi aéreo”. As informações foram divulgadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.

Bonat ainda determinou o confisco de quatro carros, a ser revertido em favor da Petrobras. O juiz considerou que recaem suspeitas de que o Porsche Cayenne S, o Ford Fusion AWD GTDI, o Ford Edge V6, e o Hyundai Tucson GLS 27L de Cunha tenham sido adquiridos com verba de origem ilícita.

O ex-presidente da Câmara está em prisão domiciliar desde março, em razão da pandemia do novo coronavírus. Cunha já havia sido condenado em outros dois processos – por corrupção, lavagem e violação de sigilo funcional, em detrimento da Caixa Econômica Federal e do FI-FGTS e por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, com penas agora somando 54 anos de reclusão.