Pelo menos 24 de 27 associações de municípios do Rio Grande do Sul manifestaram contrariedade em relação ao retorno das atividades escolares presenciais ainda no mês de setembro, conforme autorizou um decreto do governo estadual. Em assembleia geral da Federação das Associações (Famurs) com os presidentes de cada representação, na manhã desta terça-feira, a entidade orientou os prefeitos a não retomarem as aulas, pelo menos até o fim do mês.
Ainda assim, a Federação informou, em nota, que respeita a autonomia dos gestores que optarem pela retomada das atividades presenciais de ensino. Conforme a Famurs, há prefeitos avaliando a possibilidade de retomada da Educação Infantil apenas na rede privada.
Porto Alegre
Na capital, onde ainda não há previsão de retorno das aulas presenciais no ensino público e privado, a prefeitura usa o período para planejar. Das decisões já tomadas, está a de que o retorno vai se basear em uma decisão “técnica e institucional”, que não depende do aval dos pais dos estudantes.
“A volta ou não das aulas não passa por uma consulta aos pais. A decisão para o retorno é técnica e institucional”, afirmou o secretário de Educação de Porto Alegre, Adriano Naves de Brito, em entrevista à Rádio Guaíba, nesta terça-feira.
“Na educação infantil essa escolha gera menos consequência para o cumprimento de dias eletivos. Em outras faixas etárias, as crianças perdem etapas”, lembrou, reafirmando a responsabilidade dos pais, que são livres para decidir entre mandar ou não o estudante à escola.
Uma das primeiras ações previstas pela pasta na volta às escolas é aplicar uma avaliação diagnóstica para medir o aproveitamento dos alunos no período de pandemia. Ele também lembrou que, há um mês, iniciou o trabalho de limpeza das escolas, com o atendimento presencial de famílias que recebem alimentação. Hoje, apenas a rede pública de Porto Alegre conta com 70 mil alunos, sendo 25% do total integrante da educação básica do município.