No primeiro dia em que as escolas de cidades em bandeira laranja e amarela, dentro do Distanciamento Controlado por conta da pandemia de Covid-19, estão autorizadas a retomar as aulas presenciais para alunos da educação infantil, a cidade de Carlos Barbosa optou por restringir este recomeço às instituições privadas. De acordo com o secretário de Educação do município, Fabiano Taufer, a medida ocorre em caráter experimental, projetando uma abertura maior no futuro.
“Estamos autorizando o funcionamento das aulas presenciais para educação infantil nas escolas particulares, dentro daquilo que o decreto do governo do Rio Grande do Sul estabeleceu. A rede pública, que responde a mais de 80% do contingente de alunos na cidade, vai permanecer com atividades à distância”, explicou. “É uma situação experimental, que será avaliada, monitorada para que possamos projetar um posterior retorno. Não temos data para retomar as aulas presenciais para a rede municipal, mas ainda assim optamos por dar este pequeno passo”, disse nesta terça-feira em entrevista à Rádio Guaíba.
Taufer salientou que os protocolos sanitários serão respeitados inclusive com outras medidas que impedem um contato maior entre alunos e funcionários da escola. “Hoje nós temos na cidade cinco escolas da rede privada e todas elas apresentaram os planos de contingência. Todas foram aprovadas, mas isso não significa que todas elas irão retornar. É bom deixar claro: estamos autorizando, não obrigando. Temos informações de que três instituições retomaram hoje as atividades presenciais e outras duas irão voltar na próxima semana”, contou o secretário.
Poucos alunos no começo
Conforme Taufer, as escolas têm, cada uma, cerca de 200 alunos matriculados. Ele observou que, com as restrições estabelecidas pelo Distanciamento Controlado, a capacidade de atendimento de cada local cai para menos de 50%. “Mas pelas estruturas das instituições, das salas de aula, a gente sabe que o total é 80 ou 90 crianças que poderiam ser atendidas. Na prática, porém, isso não vai acontecer. Tem escolas que irão começar com cinco estudantes e outra com 12. Acho que no dia de hoje não chegaremos a 40 alunos presentes”, comentou.
Segundo o secretário, é possível que, ao longo das próximas semanas, seja possível aumentar o número de alunos presentes. “É possível que o quadro se altere, com as famílias se sentindo seguras. O que a gente projeta é ter uma situação controlada e, a partir disso, avaliar se isso é suficiente para continuarmos com as aulas presenciais em tempos de pandemia. Estamos cuidando muito as questões de higiene em cada troca de turno, proibindo inclusive o compartilhamento de materiais didáticos. Precisamos fazer a higienização regular dos pisos porque muitas atividades ocorrem no chão e colocar a criança em contato com poucos colegas e no máximo um monitor”, completou.