Sindicato de Hotéis de Porto Alegre recebe com “alívio” decreto municipal

Estabelecimentos podem agora servir café da manhã dos hóspedes no salão

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(Foto: Mauro Schaefer / CPMemória)

O presidente do Sindicato de Hotéis de Porto Alegre (SHPOA), Carlos Henrique Schmidt, declarou neste domingo que recebeu com “alívio” o decreto municipal 20.720 que permite refeições em hotéis. “Entregar café da manhã no quarto era super complicado operacionalmente e acaba entregando uma diversidade menor ao hóspede”, observou. Antes da flexibilização, a rede hoteleira podia apenas servir almoço e janta como os restaurantes. “Estávamos no limbo. Agora podemos oferecer o café da manhã no salão”, enfatizou.

Pelo decreto publicado na última sexta-feira no Diário Oficial de Porto Alegre, o uso das áreas destinadas para refeições nos estabelecimentos que prestem serviço de hospedagem ficam liberados, desde que observadas as mesmas regras de bares e restaurantes, como higienização, distanciamento entre as pessoas e ocupação máxima de mesas. O  empresário lembrou que os hotéis já atendem os protocolos, como é o caso da limitação do número de quartos e  mesas afastadas no salão.

Antes da pandemia do novo coronavírus, o presidente do SHPOA calculou que a rede hoteleira da cidade, com aproximadamente 8 mil leitos, tinha em torno de 60% de ocupação. Com a chegada da Covid-19, o movimento caiu para cerca de 15%. A Capital possui mais de 100 estabelecimentos no setor, mas a SHPOA tem cerca 40 associados.

Segundo Carlos Henrique Schmidt, os congressos, encontros, eventos de lazer, partidas de futebol e shows eram os principais responsáveis pela ocupação da rede hoteleira da cidade, além do turismo de negócios. “O mais interessante eram os grandes congressos”, recordou. “O problema todo é que somos dependentes da rede aérea. Cerca de 70% dos nossos clientes vinham de avião”, lembrou.

O presidente da SHPOA afirmou ainda que o setor empregava por volta de 4 mil pessoas. “Tivemos muitas demissões, reduções de salários e suspensão de contratos, além de fechamentos de hotéis”, lamentou. “Vamos saber realmente quais fecharam definitivamente quando voltar à normalidade quando veremos quem não abriu”, lamentou. “É muito horrível”, concluiu o dirigente.