Prefeitos do Vale do Rio Pardo encaminham recurso contra a bandeira vermelha

Na região, alguns municípios pretendem liberar o retorno das atividades em escolas particulares

(Foto: Reprodução / Facebook / CP)

Os prefeitos da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) aprovaram no sábado um novo recurso para reverter a classificação de distanciamento controlado com bandeira vermelha. Embora a região tenha adotado a cogestão, a atualização do modelo na sexta-feira pelo governo do Estado afeta a possibilidade de retorno das aulas presenciais.

O prefeito de Candelária e presidente da Amvarp, Paulo Butzge, informou que há município interessados no retorno das atividades presenciais nas escolas particulares de educação infantil.

Pelo calendário proposto pelo governo do Estado, as escolas da educação infantil estão autorizadas a retomar atividades presenciais a partir de terça-feira. Na região, alguns municípios pretendem liberar o retorno das atividades em escolas particulares.

No entanto, para isso, a regra estabelece um período mínimo de duas semanas na bandeira laranja ou amarela. “Como a questão educacional está fora do modelo de cogestão, decidimos entrar com recurso. Ficamos fora da laranja por muito pouco e seguimos com uma boa capacidade de atendimento na rede de saúde, o que nos deixa confiante no êxito”, disse Butzge.

O prefeito de Pantano Grande e presidente do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), Cassio Nunes Soares, destacou que a região pretende evitar que se atrase ainda mais o calendário da educação.

O prefeito de Venâncio Aires, Giovane Wickert, afirmou durante a videoconferência que a exigência do novo modelo por um período mínimo de 14 dias na bandeira laranja ou amarela inviabiliza o processo na prática.

“Com essa dança das bandeiras, dificilmente teremos atividades escolares até o final do ano. Questões como o transporte e a merenda escolar demandam organização e tempo, não tem como retomar uma semana e depois voltar atrás. Defendo que a cogestão, já em funcionamento para o setor produtivo e econômico, também seja aplicada na educação”, disse.