STJ converte em preventiva prisão de Pastor Everaldo

Candidato do PSC à presidência da República em 2014, o Pastor Everaldo Pereira foi preso há duas semanas por suspeita de corrupção

Pastor Everaldo Pereira é um dos principais nomes do PSC | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Pastor Everaldo Pereira é um dos principais nomes do PSC | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu converter a prisão do presidente do PSC, Pastor Everaldo Pereira, de temporária para preventiva (que não tem prazo para acabar). A decisão foi tomada na sexta-feira (4) e divulgada neste sábado. O responsável pela ordem foi ministro Benedito Gonçalves, relator da Corte que acompanha a Operação Tris In Idem. A determinação do magistrado atende pedido da Procuradoria-Geral da República.

A operação, de iniciativa do Ministério Público Federal, é um desdobramento da Operação Placebo. A ação investiga atos de corrupção em contratos públicos do governo do Rio de Janeiro. Uma de suas consequências foi o afastamento do governador fluminense Wilson Witzel (PSC), por 180 dias.

Histórico

O Pastor Everaldo foi preso na sexta-feira da semana passada (28) por causa de suposto envolvimento no esquema de corrupção. A prisão temporária já havia sido prorrogada uma vez a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que também solicitou a manutenção do encarceramento do Pastor.

Em nota enviada à imprensa, a direção do PSC afirma que o Pastor Everaldo “está sendo alvo de uma delação mentirosa.” O comunicado descreve que “o Pastor reafirma sua inocência, confiança na Justiça e fé em Deus.” Para o PSC, a prisão “é desnecessária” e o Pastor Everaldo, é “um cidadão que sempre esteve à disposição das autoridades.” O partido alerta que “a criminalização da política fragiliza a democracia.”

Na última quinta-feira (3), o STJ também transformou em preventiva a prisão do empresário José Carlos Melo, apontado como suposto integrante da organização acusada de desvios em contratos de prestação de serviço e fornecimento junto ao governo do Rio.