Flordelis nega, em redes sociais, ter mandado matar ex-marido

Deputada pediu ainda que a trajetória dela seja considerada

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A deputada federal Flordelis (PSD/RJ), denunciada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como mandante do assassinato do ex-marido, negou as acusações da Promotoria e afirmou, em redes sociais, estar sendo condenada “sem nem ter direito a julgamento”.

“Muito tem sido dito na mídia, das formas mais cruéis, sem que eu tenha qualquer chance de defesa. Estou sendo condenada, sem nem ter direito a julgamento”, escreveu a parlamentar.

“Eu não tenho o que esconder, eu não mandei matar o meu marido. Se alguém perdeu com a morte dele, fui eu, ele era tudo pra mim, meu companheiro que me ajudava e me guiava, inclusive em todos os aspectos práticos da vida”, acrescentou.

A deputada pediu ainda que a trajetória dela seja considerada. “Não há nada do que possam me acusar, sempre fui uma serva de Deus, vivendo o caminho que Ele traçou para mim. Antes de me sentenciarem, me deem o direito de defesa.”

Câmara
Ainda nessa terça, a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados deliberou enviar à Corregedoria o processo de cassação do mandato de Flordelis. Os documentos serão analisados pelo corregedor, deputado federal Paulo Bengtson (PTB-PA), até a semana que vem. Em seguida, o caso segue para a Mesa Diretora, que pode ou não encaminhar o processo ao Conselho de Ética. Na primeira hipótese, a decisão final, sobre afastar a deputada, deve ser tomada em plenário, pelos 513 parlamentares.

O presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou que o direito de defesa de Flordelis vai ser respeitado, “mesmo sendo um caso de fato muito grave e muito constrangedor”.

“Nós vamos abrir o prazo, a deputada vai fazer sua defesa. O que nós precisamos é na parte que cabe tanto ao corregedor, como a Mesa e depois ao Conselho de Ética que o prazo utilizado seja o menor possível. Agora, cumprido o prazo dela, o que nós queremos é que, tanto o Corregedor quanto a Mesa e o Conselho de Ética possam avançar, respeitando os prazos regimentais, mas não deixando que esse assunto leve muito tempo para ter uma solução dentro da Câmara dos Deputados”, disse Maia.