O número de trabalhadores sindicalizados seguiu a trajetória de queda iniciada em 2014 e desabou em 2019, para 10.567, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Como as informações apontam para 94.642 pessoas ocupadas no Brasil, significa que apenas 11,2% dos profissionais estão associados a uma entidade sindical.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, após atingir 212 mil pessoas em 2013, a população sindicalizada começou a cair. A queda, acentuada a partir de 2016, não foi revertida com o crescimento do volume de trabalhadores a partir de 2017.
O período coincide com a entrada em vigor da reforma trabalhista, que tirou a obrigatoriedade do pagamento do imposto sindical para as confederações, centrais e sindicatos. Os dados mostram ainda que os homens (11,4%) registravam percentual maior de pessoas sindicalizadas que o das mulheres (10,9%). O padrão é observado desde 2012.
Na análise pelos ramos de atividade, os profissionais da Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura são os mais sindicalizados (19,4%). Eles são seguidos pelos trabalhadores da administração pública (18,4%), da indústria (13,5%) e de Informação, comunicação e atividades financeiras e administrativas (12%).