Após oito dias de queda, Porto Alegre registra forte alta em casos de Covid-19 nas UTIs

Embora o acréscimo de 22 novos casos nas últimas 24h, taxa de ocupação se mantém próxima a 88%

Foto: Ricardo Giusti / CP

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) registra, até o começo da noite desta quarta-feira, 334 casos confirmados de Covid-19 em tratamento nos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de Porto Alegre. Em relação aos dados do dia anterior, foram mais 22 novos casos adicionados ao sistema hospitalar da cidade nas últimas 24 horas, conforme o boletim epidemiológico.

Esse é o avanço mais expressivo de um dia para o outro desde o dia 1° de julho, quando o número saltou de 142 confirmados nas UTIs para 165. O crescimento vem após oito dias de queda na procura pelas UTIs. Neste mês, a Capital observou, desde o dia 18, um movimento decrescente em pacientes com a doença necessitando de tratamento. Na ocasião, eram 338, caindo até 309, no dia 24, mas se mantendo sempre inferior aos 312 nos últimos dias.

Até o momento, em casos totais, a Capital contabiliza 22.172 infectados, com 15.780 recuperados da doença. Segundo a SMS, 638 pessoas morreram pela Covid-19 na cidade.

Embora tenha havido um avanço forte em casos, taxa de ocupação se mantém próxima aos 88%. A taxa de ocupação de leitos de UTI era de 87,31% às 20h desta quarta-feira. No domingo, o índice era de 88,93%. Na segunda-feira era 89,07%, seguido por 88,69% na terça-feira. O índice desta quarta-feira é a marca mais baixa registrada até o momento nesta semana.

Em relação ao domingo, um número maior de pacientes confirmados com Covid-19 seguiam aguardando por uma vaga em UTI em Porto Alegre. Eram 7 contra 12 desta quarta-feira. Além disso, 24 pacientes sem suspeita da doença seguiam esperando por uma vaga. Os dois hospitais referência para enfrentamento do novo coronavírus, o Hospital Conceição tinha 92% de ocupação e o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), 90%.

Entretanto, segundo a assessora da Diretoria Médica do HCPA, epidemiologista Jeruza Lavanholi Neyeloff, a marca é uma exceção. “A gente segue com uma alta ocupação de leitos de CTI, sempre com mais de 95% de ocupação. Fica abaixo disso às vezes, mais por causa da janela para readmissão, entre um paciente deixar a unidade e outro ser internado. A gente não viu nenhuma redução”, informou.