Correios realizam mutirão de entregas neste final de semana

Servidores dos Correios prometem intensificar greve após Supremo Tribunal Federal suspender o acordo coletivo da categoria

Correios garantem manutenção do Sedex mesmo com greve de servidores | Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Os Correios anunciaram, para este final de semana, a realização de um mutirão para entrega de encomendas em todo o Brasil. O serviço está prejudicado em razão da greve da categoria. Trabalhadores da empresa paralisaram os serviços por tempo indeterminado em razão do alegado corte de direitos do acordo coletivo.

A força-tarefa dos Correios faz parte do plano de contingência da empresa. Funcionários de setores administrativos vão auxiliar na operação durante o sábado e domingo (22). Além disso, haverá o remanejamento de veículos para dar conta da demanda. O serviço estima realizar a entrega de um volume quatro vezes maior de encomendas em fins de semana.

De acordo com a administração dos Correios, as agências estão abertas com a oferta de serviços e produtos. As encomendas via SEDEX e PAC continuam sendo postadas e entregues.

Greve dos Correios

Trabalhadores dos Correios entraram em greve no início da semana, protestando contra mudanças no acordo coletivo firmado entre categoria e empresa. Segundo o sindicato que representa os funcionários da estatal, estavam sendo cortados 70 dos 79 itens previsto na convenção.

Nessa sexta-feira (21), Supremo Tribunal Federal suspendeu a validade do acordo de trabalho, que valeria até o meio de 2021. Com isso, a empresa pode negociar uma nova política com os servidores. O secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores de Correios do RS (Sintect RS) lamentou a decisão da Corte. Segundo Alexandre Nunes, os empregados vão intensificar o movimento de paralisação. “Agora mesmo se faz mais necessário que a gente, enquanto categoria, lute e brigue para garantir que nós tenhamos um novo acordo coletivo, que esse está vencido. A direção dos Correios está dizendo que vai tirar setenta cláusulas”, afirmou. “Não resta outra alterativa senão continuar em greve, dialogando com a população”, completou Nunes.

Enquanto as entidades de classe estimavam adesão de 70% da mão de obra, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos estima adesão inferior a 20% dos quase 100 mil funcionários.