O vice-presidente da República Hamilton Mourão reconheceu, nesta sexta-feira, que o enfrentamento mais enérgico à pandemia de coronavírus no Brasil vai se dar a partir da distribuição de uma vacina ou de um remédio eficaz para combater a Covid-19. Com mais de 113 mil mortes no país em decorrência do coronavírus, Mourão condicionou o controle do vírus à chegada de medicamentos com eficiência comprovada.
“Temos que entender que ainda vamos conviver um tempo com essa doença, a menos que uma vacina de comprovada eficácia surja ou que a medicina encontre um medicamento que combata os efeitos dela (doença) de forma imediata”, afirmou.
A manifestação de Hamilton Mourão ocorreu, nessa tarde, durante agenda oficial em Porto Alegre. A declaração contrapõe a defesa do presidente Jair Bolsonaro em torno da cloroquina, droga sem eficácia comprovada para o combate ao vírus.
Na capital, o general conheceu de perto o trabalho desenvolvido pelo Instituto do Câncer Infantil, no bairro Santana. Durante a rápida cerimônia, Mourão recebeu uma medalha que representa a luta contra o câncer infantil.
Ao destacar o caráter “extremamente emotivo” da cerimônia, o vice-presidente listou as ações de enfrentamento à doença e pontuou a importância da solidariedade para que sejam amparadas as crianças do Brasil. Mourão ainda selou compromisso com a causa indiferente do cargo que vier a ocupar, declarando-se “um soldado” pronto para auxiliar.
Anualmente, nove mil crianças morrem vítimas do câncer no Brasil, sendo que 30% das vítimas não conseguem sequer chegar ao diagnóstico.
O pronunciamento do vice-presidente durou cinco minutos e fechou a cerimônia, que marcou a sanção do projeto estadual do deputado Luciano Zucco (PSL) que cria uma política específica para ampliar a atenção à oncologia pediátrica no Rio Grande do Sul.
O governador Eduardo Leite também esteve no encontro e saudou a iniciativa parlamentar, assim como a vinda de Mourão.
O vice-presidente passa a noite em Porto Alegre e, na manhã deste sábado, ruma para Brasília.