O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) informou, hoje, que abriu investigação para apurar o vazamento de informações sobre o caso de uma menina de 10 anos que engravidou do tio após ser estuprada. De acordo com o MP, as questões envolvendo crianças e adolescentes são sigilosas e a divulgação configura crime.
A descoberta da situação ocorreu na semana passada após a criança ter sido levada para um hospital em São Mateus (ES) com sintomas de gravidez. No local, exames confirmaram que a gravidez era de três meses. Após ela relatar que sofria abusos sexuais, a polícia abriu investigação e está em busca do acusado, que está foragido.
O caso provocou revolta na cidade e mobilização em redes sociais, em várias partes do país. Segundo o MP, a Justiça determinou que Facebook, Twitter e Google retirem da internet publicações que expuseram o nome da criança e o hospital onde ela passou pelo procedimento de aborto legal, autorizado pela Justiça. Além disso, os promotores dizem que grupos ameaçaram familiares da vítima.
Em nota, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos informou que acompanha as investigações para ajudar na responsabilização do acusado. Segundo a pasta, a Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram acionadas pela auxiliar nas buscas pelo criminoso.