A revista Nature, publicação especializada em estudos científicos, noticiou nesta quarta-feira que a vacina BNT162b1, desenvolvida pelas empresas farmacêuticas BioNTech e Pfizer, apresentou resultados preliminares satisfatórios contra a Covid-19. A substância teria induzido imunidade considerável sem apresentar efeitos colaterais significativos em pessoas adultas.
De acordo com a revista, o estudo está entre a fase 1 e 2 e contou com 45 pessoas voluntárias, com idades entre 18 e 55 anos.
Nessa terça-feira, a Rússia anunciou o desenvolvimento de uma vacina, a Sputnik – V, contra o novo coronavírus. O anúncio foi feito pelo presidente Vladimir Putin, durante videoconferência com outros integrantes do governo. Segundo responsáveis pelo desenvolvimento do projeto, ao menos 20 países já teriam demonstrado interesse em obter doses da imunização russa. A cidade do Paraná, por exemplo, deverá assinar hoje um acordo para distribuição e produção da substância.
O anúncio da Rússia, do que seria a primeira vacina do mundo contra a Covid-19, foi alvo da desconfiança da comunidade científica. A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que o governo Russo sequer divulgou dados do estudo sobre a vacina e que o mesmo ainda estaria na fase preliminar, ou seja, ainda não teria passado por uma testagem em larga escala, justamente para determinar a segurança e a eficiência da imunização contra o novo coronavírus.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou ontem que não recebeu ainda pedidos de autorização para pesquisa ou de registro de vacina elaborada pela Rússia. “Desta forma, não é possível para a Agência fazer qualquer avaliação ou pronunciamento em relação a segurança e eficácia deste produto antes que tenha acesso a dados oficiais apresentados pelo laboratório”, disse o órgão em nota.