O Rio Grande do Sul obteve, nesta terça-feira, o reconhecimento de zona livre de vacinação contra a febre aftosa. A conquista é considerada histórica para o setor da pecuária. A Instrução Normativa (IN) 52, assinada pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, passa a vigorar em 1º de setembro e deve ser publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira. Na semana passada, auditores do Ministério estiveram na Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural para avaliar o cumprimento das exigências feitas para a obtenção do novo status sanitário.
“Vai gerar imenso impacto na economia gaúcha. Com a retirada da vacina, o estado pode alcançar 70% dos mercados mundiais disponíveis”, projeta o secretário da Agricultura. Covatti Filho salienta, ainda, que 2020 vai ser o último ano com vacinação do rebanho.
A partir do reconhecimento pelo Ministério, a Secretaria comunica a mudança para a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que concede a certificação da evolução do status sanitário, abrindo portas para mercados não acessados pelos criadores gaúchos.
Técnicos e especialistas preveem que a retirada da vacinação tenha potencial de abrir mercados como Japão, Coreia do Sul, México, Estados Unidos, Chile, Filipinas, China (carne com osso) e Canadá. No setor dos suínos, a expectativa é de que haja um incremento nas exportações na ordem de R$ 600 milhões ao ano.
O documento também reconhece como área livre de vacinação os estados do Acre, Paraná, Rondônia e regiões do Amazonas e de Mato Grosso.
Santa Catarina
Conforme o texto, o ingresso de animais e produtos de risco para a febre aftosa no estado de Santa Catarina, com origem nas áreas consideradas livres de vacinação, deve observar as diretrizes definidas para origem em zona livre da doença com vacinação, até que a OIE emita o reconhecimento oficial.