A Rússia anunciou nesta sexta-feira que irá registrar oficialmente sua primeira vacina contra a Covid-19 na próxima quarta-feira, segundo publicado no Sputnik News, agência de notícias russa. A informação foi divulgada pelo vice-ministro da Saúde, Oleg Gridnev. Caso ocorra de fato, o país será o primeiro do mundo a ter uma vacina contra o novo coronavírus e a vacinação em massa deverá ser iniciado em outubro.
“No momento, o último e terceiro estágio está em andamento. Os ensaios são extremamente importantes. Temos que entender que a vacina deve ser segura. Profissionais de saúde e idosos serão os primeiros a serem vacinados”, disse afirmou Gridnev, segundo divulgado pelo Sputnik.
Segundo o ministro, a eficácia da vacina será julgada quando a população tiver desenvolvido imunidade. A vacina russa contra a Covid-19 está sendo desenvolvida pelo Instituto Gamaleya de Epidemiologia e Microbiologia, em Moscou, em conjunto com o Ministério da Defesa da Rússia.
Utiliza o mesmo princípio da vacina de Oxford, que passa por testes no Brasil. É composta por adenovírus, vírus que causa o resfriado comum, enfraquecido, e fragmentos do novo coronavírus, para estimular o corpo a produzir anticorpos. É uma tecnologia que nunca foi usada.
Segundo o Sputnik, os testes estão sendo feitos no Hospital Clínico Militar de Burdenko e na Universidade Médica Estatal Sechenov, em Moscou. Começaram em 18 de junho e incluíram 38 voluntários. Todos os participantes desenvolveram imunidade, segundo o Sputinik.
O governo russo entrou em contato com o governo do Paraná e com o Instituto Butantan para a venda a tecnologia, e ambos não descartaram a possibilidade de compra. A velocidade do desenvolvimento e a falta de transparência levaram à desconfiança em relação ao imunizante. O Reino Unido, os EUA e o Canadá acusaram a Rússia de usar hackers para tentar roubar pesquisas sobre a vacina contra a Covid-19.