O governador Eduardo Leite visitou nesta quarta-feira, a nova ala do Hospital Berço Farroupilha, em Guaíba. No dia anterior, o espaço teve inaugurados 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 30 leitos de enfermaria para tratar, especificamente, nessa primeira fase, pacientes do novo coronavírus. O vice-governador Ranolfo Vieira Júnior e a secretária da Saúde, Arita Bergmann, também estiveram presentes. Os três foram recebidos pelo prefeito da cidade, José Sperotto. O governador disse que a abertura de novos leitos chega em momento crucial no combate à Covid-19 na Grande Porto Alegre.
“A Região Metropolitana é a que mais nos preocupa. Há uma limitação de capacidade de expansão, tanto de estrutura física e recursos humanos e, por isso, a gente apela à população para que cumpra protocolos, higienize as mãos, use a máscara e se puder ficar em casa, fique em casa”, recomenda Leite.
Ainda assim, o governador disse que não abre mão de cumprir um objetivo desafiador. “Nossa meta é chegar a mais de mil novos leitos de UTI no estado. Já são cerca de 700 leitos aumentados, queremos mais que dobrar ”, aposta.
O hospital é 100% SUS e vai oferecer serviços de baixa e média complexidade. Os repasses mensais serão nos valores de R$ 385 mil por parte do governo estadual, mais R$ 480 mil para custeio dos leitos de UTI até a habilitação pelo Ministério da Saúde, algo que deve ocorrer dentro de um mês.
Além disso, a Prefeitura de Guaíba promete repasse mensal de cerca de R$ 115 mil. O contrato é do Estado com a administradora do hospital, a Associação Mahatma Gandhi, instituição sem fins lucrativos selecionada pelo município. Até agora, o hospital só vinha contando com pronto-atendimento.
Quando a situação se normalizar, os 40 leitos funcionarão como maternidade e centro cirúrgico. O hospital ainda pretende abrir mais 42 leitos para chegar ao pleno funcionamento da capacidade.
“Posteriormente à pandemia, este é o legado que fica. Importante para a cidade de Guaíba, para voltarmos a ter aqui a maternidade, para nascimento de guaibenses”, concluiu o governador.
Há mais de dez anos, ninguém nasce no município, sendo necessário que a população recorra a hospitais de Porto Alegre.
