Porto Alegre atinge 237 mortes pela Covid, com recorde de 336 em UTIs

Mesmo com agravamento da situação, isolamento social na cidade voltou a ficar, nessa segunda-feira, bem abaixo do nível considerado ideal pela Prefeitura

Foto: Guilherme Almeida/Correio do Povo

Mais 11 pessoas morreram vítimas do novo coronavírus em Porto Alegre, divulgou na noite desta terça-feira a Secretaria Municipal da Saúde. Com isso, a capital chega a 237 óbitos, oito deles ainda não incluídos no boletim epidemiológico da Secretaria Estadual da Saúde.

Em paralelo, a cidade voltou a bater recorde em número de pessoas internadas em UTIs com sintomas da Covid-19: 336.

Veja detalhes sobre os pacientes que tiveram óbito confirmado hoje:
Óbito 227, 20/7, GHC. Mulher, 89 anos. Internação sem UTI em 17/7, PCR positivo para Covid em 18/7. Doença cardiovascular e hipotireoidismo.
Óbito 228, 20/7. GHC. Mulher, 71 anos. Internação em 22/6, em UTI a partir de 25/6. PCR positivo para Covid em 23/6. Diabetes, hipertensão, hepatite C.
Óbito 229, 21/7, Hospital Divina Providência. Homem, 48 anos, em internação, em UTI desde 23/6. PCR positivo para Covid em 25/6. Diabetes e obesidade.
Óbito 230, 20/7, Hospital de Clínicas. Homem, 77 anos. Internação em UTI desde 18/7. PCR positivo para Covid em 9/7. Doença cardiovascular, diabetes.
Óbito 231, 21/7, GHC. Homem, 85 anos. Internação sem UTI em 15/7. PCR positivo para Covid em 19/7. Diabetes, doença renal, cardiovascular e pulmonar crônica.
Óbito 232, 21/7, GHC. Homem, 66 anos. Internação em 8/7, UTI em 16/7. PCR positivo para Covid em 18/7. Doença cardiovascular e pulmonar crônica.
Óbito 233, 21/7, Hospital da Restinga. Vítima não identificada. Internação, em UTI, em 16/7. PCR positivo para Covid em 9/7. Diabetes.
Óbito 234, 20/7, Hospital Vila Nova. Homem, 34 anos. Internação em 11/7, em UTI em 20/7. PCR positivo para covil em 14/7. Doença renal.
Óbito 235, 21/7, Hospital Porto Alegre. Homem, 85 anos. Internação em 13/7, em UTI desde 16/7, mesma data de exame PCR positivo para Covid. Doença neurológica, cardiovascular, diabetes.
Óbito 236, 21/7, Hospital Mãe de Deus. Homem, 85 anos. Internação em UTI em 14/7. PCR positivo para Covid em 10/7. Doença neurológica, cardiovascular e pulmonar crônica.
Óbito 237, 20/7, Hospital Padre Jeremias. Mulher, 70 anos. Internação sem UTI em 13/7. PCR positivo para Covid em 16/7. Diabetes e hipertensão.

UTIs batem recorde

Na noite desta terça, as UTIs de Porto Alegre atendiam 336 pessoas, em estado grave, com sintomas de Covid-19. Dessas, 290 já tiveram o diagnóstico confirmado e 46 seguem esperando laudo. O recorde anterior havia sido alcançado ontem, com 324 pessoas nessa situação.

Os pacientes com sintomas de Covid já equivalem a 48,4% do total de 694 pessoas atendidas, entre todas as enfermidades. A cidade dispõe de 784 leitos, ao todo, 17 deles bloqueados, neste momento, por diferentes razões. Com isso, o índice de ocupação, na noite desta terça, era de 90,97%.

Isolamento social

Mesmo com o agravamento da situação, o isolamento social na cidade voltou a ficar, nessa segunda-feira, bem abaixo do nível de 55%, considerado ideal pela Prefeitura. O índice chegou a 41,7%, conforme o monitoramento que leva em conta os sinais de telefonia celular. Nos três dias anteriores, as marcas haviam sido de 53,6% (domingo), 42,6% (sábado) e 39,5% (sexta-feira).

Menor índice de infectados entre as capitais do país

Nesta terça, a Prefeitura publicou um painel mostrando que Porto Alegre é a capital brasileira com o menor índice de casos confirmados de Covid pelo número de habitantes: 427 a cada 100 mil.

Mesmo com o aumento no número de óbitos registrado nos últimos dias, a cidade também mantém um dos menores índices de mortalidade pela Covid-19: 14,27 óbitos a cada 100 mil habitantes. O maior índice é de Belém, no Pará (135,15), e o menor, de Campo Grande (MS) (7,34).

Já a letalidade da Covid (índice de pacientes que morrem dentre os que se infectaram), em Porto Alegre, é de 3,35%. Em Palmas, o índice é de 0,79% – o menor entre as capitais -, enquanto a marca de 11,51% põe o Rio de Janeiro na primeira posição.