Bolsonaro: “guerra da informação” explica críticas ambientais ao Brasil

Presidente também comentou expectativas em torno da eleição norte-americana

Foto: Reprodução/Facebook

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quinta-feira, durante live semanal nas redes sociais, que há uma “guerra de informação” na questão ambiental e que as críticas que o Brasil sofre são injustas e relacionadas à disputa comercial do agronegócio com outros países.

“Essa guerra da informação não é fácil e nós temos problemas, porque o Brasil é uma potência no agronegócio. Lá na Europa é uma seita ambiental, eles não preservaram praticamente nada do meio ambiente, mas o tempo todo atira em cima de nós, e de forma injusta, porque é uma briga comercial também”, disse.

Em junho, o governo federal recebeu uma carta de grupos empresariais internacionais com críticas à política ambiental e condicionando os investimentos no país ao aumento, pelo governo, do controle do desmatamento e das queimadas na Amazônia.

Bolsonaro lamentou a perda de validade da Medida Provisória (MP) 910, sobre regularização fundiária, que não chegou a ser votada pelo Congresso. Para ele, era uma forma de responsabilizar diretamente quem comete desmatamento ilegal. O presidente disse de que há um exagero, por parte da mídia, em relação aos dados sobre desmatamento.

“Deixo bem claro, 90% desses focos de calor são em áreas desmatadas, não é novo incêndio não. [Outros] 5% são em terras indígenas”, afirmou.

Eleições nos EUA
Na live, Bolsonaro também falou sobre as expectativas para as eleições presidenciais nos Estados Unidos, que ocorrerão no final do ano e o futuro da relação entre os dois países, caso o presidente Donald Trump, aliado do brasileiro, não seja reeleito.

“Eu não vou interferir, não posso, nem tenho como, mas eu torço para o Trump ser reeleito. A gente torce pelo Trump, temos certeza que vamos potencializar muito o nosso relacionamento. Agora, se der o outro lado [o democrata Joe Biden], da minha parte, vou procurar fazer algo semelhante e, se eles não quiserem, paciência. O Brasil vai ter que se virar por aqui”, disse.