Nova negociação suspende necessidade do exame PCR para atravessar a fronteira em Jaguarão

Governo brasileiro e uruguaio entraram em acordo e aguardam decisão do governo nacional do Uruguai

Foto: Reprodução / Facebook da Prefeitura de Jaguarão

O prefeito de Jaguarão, Favio Telis, em entrevista ao programa Direto ao Ponto, da Rádio Guaíba, na manhã desta terça-feira (14), celebrou a recente conquista da região ao suspender a necessidade de testes de PCR para quem precisa atravessar a fronteira em direção ao Uruguai. O exame que funciona para detecção do vírus causador da Covid-19 era uma obrigação que dificultava o trânsito na Ponte Internacional Barão de Mauá. “As filas que estão se formando na ponte, recentemente, superaram 3 km”, relatou o prefeito. “Infelizmente, a falta de sensibilidade dos motoristas, acabam fechando as travessas da cidade” o que causou uma morte após acidente entre moto e caminhão.

Em reunião na semana passada com autoridades internacionais, a cobrança que era feita para caminhoneiros e veículos leves foi suspensa até decisão do governo uruguaio, mas não antes de causar alguns prejuízos aos brasileiros. “A ação iria inviabilizar as relações econômicas da região. Cobrar dos profissionais da estrada, por exemplo, o valor do teste, seria impossível porque temos, além disso, o aumento do pedágio e o prejuízo no cronograma de entrega”, relatou. Os resultados, por não serem imediatos, aumentam o prazo de espera na fronteira “o que pode prejudicar as cargas alimentícias”. Os exames não estão sendo exigidos na entrada de estrangeiros no Brasil.

O prefeito defende que exista uma triagem onde seja feita a medição de temperatura dos motoristas e passageiros e que, através do exame visual, sejam então descartados qualquer sintoma da síndrome gripal. “Sabemos do problemas e sou um defensor da saúde em primeiro lugar, mas nós também temos que ser razoáveis e racionais”, afirmou. Favio Telis finalizou sua entrevista celebrando que foram evitados greves e manifestações da categoria por causa das novas negociações que isentaram as obrigações do pacto Uruguai-Brasil.