“Vivemos um apagão na Educação”, adverte presidente da Comissão da Educação no Senado

Para Dário Berger, futuro ministro deve apaziguar uma das principais pastas do governo federal. Na agenda, a renovação do Fundeb

Milton Ribeiro. Foto: Reprodução / R7

O presidente da Comissão de Educação do Senado, senador Dário Berger (MDB-SC), recomendou, nesta segunda-feira, que o futuro ministro da Educação, Milton Ribeiro, possa apaziguar uma Pasta considerada essencial para o futuro do país, mas que não vem contribuindo desde o início da gestão Bolsonaro. A previsão é de que, nesta semana, o pastor presbiteriano Milton Ribeiro seja empossado no cargo de ministro, após ter o nome anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro, na sexta-feira.

“É uma das Pastas mais importantes do governo federal porque está em jogo o futuro das nossas crianças. O ministério vai muito além de um debate ideológico. Nós vivemos um apagão na Educação. Foi um ano e meio de governo com quatro ministros. Mas o que é pior: o Brasil não tem um projeto de Educação para as próximas gerações. O MEC vai muito além de um debate ideológico”, advertiu.

Em entrevista ao programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba, o senador elencou as diretrizes que devem marcar essa virada de página no MEC. “O Brasil precisa de um ministro que agregue, que veja a Educação como uma ferramenta para transformação social, mas que acima de tudo seja um pacificador, um promotor de um novo tempo, porque somente com a força da união nós vamos conseguir melhorar”, afirmou.

Berger ainda classificou como “urgente” a renovação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) no Congresso Nacional. Em estágio avançado, tramita uma PEC, na Câmara, que pode validar o fundo como permanente. Em caso contrário, ele pode ser extinto no fim do ano se não for regulamentado novamente. Em 2019, o Fundeb reuniu R$ 166,6 bilhões, com mais de R$ 151 bi vindos de estados e municípios, e R$ 15 bilhões da União.

“Temos dois projetos. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, promete a votação na próxima semana. O Fundeb é essencial e é responsável pelo financiamento de mais de 70% da educação pública brasileira. Temos que ter equilíbrio e serenidade para exigir do governo federal o que ele é capaz de viabilizar. O Fundeb é essencial, sem ele será um desastre”, concluiu o senador.