Porto Alegre: Defesa Civil descarta fechar comportas mesmo com alagamentos no Quarto Distrito

Cota de alerta para a área central da cidade e margem do Guaíba é de 3 metros

Água saiu dos boeiros em Porto Alegre | Foto: Mauro Schaefer

A Defesa Civil de Porto Alegre descarta fechar as comportas do Sistema de Proteção Contra Inundações. Conforme o diretor-geral da Defesa Civil de Porto Alegre, coronel Evaldo Rodrigues de Oliveira Júnior, os muros de contenção “estão longe de serem acionados” no atual momento.

Especulações nas redes sociais sobre o acionamento da contenção surgiram após bueiros começarem a extravasar água, na noite dessa sexta-feira, principalmente entre os bairros São Geraldo e Navegantes, no Quarto Distrito. Conforme reportagem do Correio do Povo, a água segue saindo dos bueiros em diversas vias públicas, como na rua Ernesto Fontoura com avenida Missões, na rua Voluntários da Pátria e na rua do Parque.

Em nota oficial divulgada na manhã deste sábado, a Prefeitura de Porto Alegre explicou que os níveis de atenção vão de 2,01 m a 2,49 m, de alerta de 2,50 m a 2,99 m, e crítico acima de 3 metros. Somente neste último nível é que é solicitado ao Dmae, órgão responsável há um ano pela manutenção do sistema de drenagem, que seja acionado o mecanismo de contenção.

Uma reforma de 12 dos 14 portões que compõem o Sistema de Proteção Contra Inundações está sendo finalizada. “Apenas o portão de número 12, na avenida Cairú, ainda demanda reparos finais”, esclareceu a nota. Os portões, com pesos entre 900 quilos e oito toneladas, tiveram recuperados os trilhos que foram asfaltados ou furtados e receberam pintura, lixação, lubrificação, limpeza do entorno.

Sobre os bueiros

A Prefeitura de Porto Alegre apontou que a região da avenida Voluntários da Pátria sofre de forma recorrente com o acúmulo da água das chuvas, que demora a escoar. “O local possui redes de diâmetro insuficientes e de declividade inadequadas, bem como bocas de lobo e canalizações constantemente obstruídas devido aos detritos descartados irregularmente pela população”, esclareceu em uma nota oficial. O texto apontou ainda que há estudos para melhorar a drenagem da região, faltando captar recursos para isso.