Volume de chuva em um dia ultrapassa média histórica de julho em POA

Entre terça e quarta, choveu 142 milímetros na Capital; em Alvorada, chuva das últimas horas tirou, ao menos, duas famílias de suas casas

Chuva acumulada nas últimas horas aumentou o nível do Arroio Feijó, entre Porto Alegre e Alvorada | Foto: Jonathas Costa/Correio do Povo
Chuva acumulada nas últimas horas aumentou o nível do Arroio Feijó, entre Porto Alegre e Alvorada | Foto: Jonathas Costa/Correio do Povo

O acumulado de chuva em Porto Alegre chegou a 142 milímetros entre a terça-feira e o início da manhã desta quarta. O indicador é 18% maior do que a média histórica para todo o mês de julho. As informações são do sistema Metroclima da Metsul.

Segundo a Defesa Civil Municipal, 67 alagamentos foram contabilizados na Capital até esta manhã. Ao menos 44 árvores caíram durante o dia de ontem e a última madrugada. Com o vento menos intenso do que o observado durante a passagem do ciclone bomba, na semana passada, não houve destelhamentos.

O diretor-geral da Defesa Civil de Porto Alegre, Evaldo Rodrigues, destaca que o órgão não recebeu nenhum pedido de realocação de famílias. “Pode ter acontecido das pessoas terem saído voluntariamente de suas residências. Pelo sistema, pelo telefone 199, nós não tivemos nenhuma solicitação de remoção”, explicou.

Falta de energia elétrica

A chuva também deixou moradores sem abastecimento de energia elétrica. As principais ocorrências na área de concessão da CEEE estão relacionadas a pedidos da Defesa Civil por questões de segurança em áreas de alagamento. No bairro Cavalhada, na zona Sul, há 163 clientes nessa situação. Os problemas se concentram nas ruas Canela, Gaurama, Frederico Westphalen e Ibirubá.

Num primeiro momento, desliga-se o alimentador, deixando um número maior de clientes sem luz, até que os trechos necessários sejam isolados e os demais, restabelecidos. A CEEE depende da liberação da Defesa Civil para restabelecer a energia. O que só deverá acontecer quando as autoridades competentes identificam que o nível da água já está em patamares seguros à população para que a energia elétrica seja religada.

Chuva em Alvorada

Em Alvorada, a chuva de 133 milímetros provocou a alta em alguns arroios e no Rio Gravataí. Segundo o coordenador da Defesa Civil do município, Vilmar Laureano, algumas famílias foram removidas de suas casas. “Vamos tirar duas famílias do final da rua Marques do Pombal, que é perto do Gravataí, e da rua Americana. Não temos mais nenhum pedido de socorro”, pontuou.

A maioria dos arroios de Alvorada registra baixa no nível da água. O ponto de maior preocupação é a região do bairro Americana, cercado pelo arroio Feijó, no limite com Porto Alegre, e por canais do Rio Gravataí.