Programa de manutenção de empregos vai ser prorrogado, garante secretário

Suspensão de contratos deve persistir por mais dois meses e reduções de jornada por mais um, adiantou Bruno Bianco

Foto: Júlio Nascimento/PR

O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, garantiu, nesta sexta-feira, que o BEm (Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda) vai ser prorrogado pelo governo federal.

“Na próxima semana, o presidente da República provavelmente sanciona a MP 936, que veio do Congresso Nacional já aprovada. Tão logo ela seja sancionada, nós mandaremos um decreto para prorrogar essas possibilidades para todos empregados e empregadores do Brasil”, afirmou Bianco.

Até o momento, o programa já proporcionou a manutenção de mais de 11 milhões acordos com a suspensão dos contratos de trabalho ou a redução de jornada e salário.

De acordo com Bianco, a suspensão de contratos deve persistir por mais dois meses e as reduções de jornada e salário por mais um. “Faremos quatro meses possíveis de redução dos contratos e quatro meses de redução das jornadas. Isso tende a ajudar muito mais brasileiros a manter seu emprego e sua renda”, avaliou o secretário.

Bianco também comemorou a adesão ao programa e avaliou a preservação de empregos como algo fundamental em países como o Brasil. “Nós estamos muito satisfeitos com os resultados. […] Em momentos de crise sempre fica mais difícil de encontrar um emprego”, disse.

Ele revelou ainda que o Ministério da Economia pretende gastar cerca de R$ 51 bilhões com o BEm. “Com os mesmos 12 milhões de contratos feitos em demissões, certamente gastaríamos algo muito próximo disso com o seguro-desemprego”, avaliou Bianco.

Segundo o secretário, o programa impediu companhias nacionais de “quebrar”. “Os Estados Unidos perderam muitos empregos e muitas empresas. O Brasil não perdeu muitos empregos e também não perdeu muitas empresas. Então, nós já começamos a retomada”, afirmou, antes de citar os dados mais recentes do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), apontando para a queda nas demissões e aumento das contratações no mês de março.