A nomeação de Renato Feder para o comando do Ministério da Educação pode não mais acontecer. O motivo é a suposta resistência que o nome do atual secretário de Educação do Paraná vem sofrendo de aliados próximos a Jair Bolsonaro e de parte da base eleitoral do presidente.
Depois de apontado como o escolhido para o MEC, na manhã desta sexta, Feder teve a indicação elogiada por alguns adversários políticos de Bolsonaro. Por fim, pesou o fato de ele não estar ligado à ala militar nem ao grupo ideológico que compõe o governo. Com isso, o nome do secretário passou a ser bombardeado pelas duas frentes.
O currículo de Feder, de acordo com informações da página da Secretaria de Educação e Esportes do Paraná, mostra que ele se formou em Administração pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e cursou mestrado em Economia na USP (Universidade de São Paulo). Foi professor da EJA (Educação de Jovens e Adultos), deu aulas de matemática por 10 anos e dirigiu escolas por oito anos. O currículo abrange ainda assessoria voluntária à Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.
Aos 24 anos, em 2003, assumiu uma empresa de tecnologia, que se tornou bilionária. Deixou o cargo de CEO da empresa para assumir a secretaria do Paraná. O nome dele já era cotado para o MEC antes de Carlos Decotelli ter sido nomeado.